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 Gundam Advance


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Kidou Butoden G Gundam – Anime Review

Há 60 anos atrás, a maioria da população migrou da Terra devastada e poluída para as colônias espaciais que orbitam ao seu redor. Para evitar guerras e disputas entre as colônias, um torneio chamado Gundam Fight é realizado a cada 4 anos, tendo o planeta Terra como cenário. Cada nação manda um representante pilotando um Gundam e eles devem lutar entre si até que haja apenas um Gundam vencedor, fazendo com que a nação representada por ele ganhe o direito de governar todas as colônias até o proximo torneio. Agora no ano 60 do Future Century, a 13ª edição do Gundam Fight está prestes a começar. Domon Kasshu é escolhido para representar Neo-Japan, mas ele está pouco interessado em representar os interesses da colônia, e sim em libertar seu pai, que foi aprisionado em suspensão criogênica pelo seu envolvimento na criação do DG-009X Devil Gundam, mecha com enormes poderes, e encontrar seu irmão Kyoji, que fugiu com o Devil Gundam para a Terra para realizar as suas ambições.

G Gundam foi exibido no ano de comemoração do 15º aniversário da franquia e é a primeira série a se passar em um universo Gundam alternativo, no caso o Future Century, já que até a série anterior (Gundam Victory), todas se passavam no Universal Century. Com isso, a história começa com um rumo e tom bem diferente das séries anteriores, não existindo a princípio facções com ideiais diferentes e uma guerra total entre elas, e sim um torneio para resolver essas questões de uma certa forma até “organizada”, inserindo até mesmo um pouco de comédia. Como se trata de um torneio, cada episódio a princípio se desenvolve na premissa da apresentação do adversário do dia de Domon, fazendo com que o começo do anime seja um pouco lento e até um pouco desanimador. Mas depois de passada essa parte e, com a aparição do Devil Gundam e do mestre de Domon e vencedor do torneio anterior, Master Asia, a história começa a se desenvolver num ritmo mais acelerado, saindo da rotina de uma luta de um contra um de Gundams por episódio.

Logo se nota que a história vai se focar em torno de 5 pilotos Gundam: Domon Kasshu, o protagonista; Chibodee Crocket, um boxeador de Neo-America; Sai Saici, um lutador de artes marciais de Neo-China; George De Sand, um esgrimista de origem nobre de Neo-France e Argo Gulski, um ex-pirata espacial que foi condenado à prisão de Neo-Russia. Mesmo que cada um deles tenha destaque especial em apenas um episódio por vez no começo, com o passar da história é possível notar um bom desenvolvimento e até amadurecimento destes personagens. É interessante notar também que cada Gundam tem em seu design traços característicos do país que reprensenta ou do estilo de luta do piloto, como é o caso de Chibodee com o seu Gundam Maxter que parece um boxeador ou George de Sand com seu Gundam Rose (só os Gundams de Domon, Shining Gundam e God Gundam que não apresentam nenhum traço característico). Também é importante notar que os cockpits dos pilotos são totalmente diferentes dos Gundams tradicionais: não existem controles, o piloto veste uma roupa especial, ficando numa área aberta dentro do Gundam e com sensores os seus movimentos são reproduzidos pelo mecha.

A animação da série é bem feita com boas cenas de ação e, conforme vão se aproximando os confrontos finais, as lutas vão ficando cada vez mais emocionantese mais fluídas. O traço é apenas regular, mas não é algo que chegue realmente a incomodar ou atrapalhar, já que o mais importante, os Gundams, tem um design interessante, evoluindo um pouco com o passar dos episódios. A trilha sonora possui boas faixas que combinaram bem com o anime, tendo algumas faixas instrumentais bem marcantes como a BGM do golpe God Finger de Domon. Já os seiyuus, com exceção de Chibodee, que talvez tenha fica um pouco fora de sintonia, todos os personagens ficaram bem feitos. Alguns nomes de peso fazem parte do elenco como Tomokazu Seki, como Domon Kasshu, e Kappei Yamaguchi, como o engraçado Sai Saici.

Conforme o desenvolver dos episódios, a história facilmente poderia ter tomado um rumo bem previsível e desinteressante, mas é aqui que G Gundam se destaca com as reviravoltas do meio para o final do anime. As mudanças de ritmo e do roteiro deixaram a lentidão dos primeiros episódios para trás sem forçar nada, encaixando cada ponta solta com bastante coerência.

Talvez essa série desagrade aos fãs mais puristas de Gundam por não seguir a linha tradicional de histórias do Universal Century, mas tem seus méritos por tentar algo de diferente e inovador, e em vários pontos obtendo resultado positivo. Superada a estranheza com as diferenças e o início devagar, pode-se considerar G Gundam um ótimo anime de mechas e entra com certeza na lista de séries top de Gundam.